A Constituição Federal de 1988 apresenta que todas as pessoas são iguais perante a lei, mas não é isso que se verifica na prática o que fala a Carta Magna. Historicamente o Brasil utilizou a exploração de mão de obra africana de forma escrava por quase trezentos anos e no seu término essa massa de pessoas não foi integrada à estrutura social brasileira, como nos aponta Capistrano de Abreu em sua obra Descobrimento do Brasil.
Em primeiro lugar, a escola pública brasileira como formadora de indivíduos críticos e autônomos não pode fugir desse debate. Uma forma é sistematizar uma história e cultura Afro-brasileira que saia do papel e chegue até os alunos, para que estes consigam refletir e possam respeitar as diferenças como formadora de nosso povo. Utilizando da música, culinária e literaturas de autores africanos ou afrodescendentes para enriquecer o debate e não seguir a passos de formiga e sem vontade, como canta Lulu Santos em sua música: assim caminha a humanidade.
Além disso, cabe ao poder público criar políticas para o combate ao racismo, punindo de forma mais rigorosa quem o pratica. Aos docentes cabe levar uma justiça social para as salas de aulas sugerindo aos discentes uma organização em movimentos para o enfrentamento dessa postura errática. Outra forma é salientar as personalidades negras e/ou indígenas históricas que se destacaram, como Azevedo e a leitura de sua obra monumental: o Cortiço.
Diante do exposto, ao avaliar o homem social dividido entre a Casa Grande à Senzala atuais e romper os grilhões do preconceito ao diferente de qualquer forma: racial, religiosa e sexual, para que a sociedade possa se tornar mais justa para todos os cidadãos como postula na nossa Carta Magna. E assim podemos romper com os quadros de ferro que separam os vários brasis, como descrito por Abreu e a escola está nessa centralidade.