Vive-se numa sociedade atual que valoriza quem domina o uso de computadores e das mídias digitais causando a exclusão das pessoas que não as dominam. Como Platão mostra a importância do conhecimento em seu Mito da Caverna, podemos analisar a educação tradicional como sendo esta caverna e tudo o que foge ao escopo não existe e deve ser combatido.
Antes de mais nada, pensamos numa estrutura de ensino-aprendizagem de forma bancária, como nos salienta Freire, onde os professores estão numa posição de transmissores do conhecimento e os alunos em replicar nas avaliações tudo o que fora-lhes transmitido. Neste cenário nada atrativo está a educação brasileira onde os alunos não querem aprender mesmo nascidos na era da informática, preferem ficar consumidores de vídeos curtos e em ‘loop’ (círculo infinito sem progressão) a serem críticos a produzirem seus próprios vídeos e análises da sociedade.
Oposto a isso, temos nativos digitais que precisam ser encaminhados em um letramento digital com o auxílio de uma inteligência artificial, como o ‘Google Form’. Precisamos de uma educação midiática, ensinar os alunos a filtrar as fontes, pesquisar e a navegar de forma segura, como nos canta Gil: um barco que veleje nesse ‘infomar’, em sua música “Pela Internet”. E não basta dar acesso à rede de ‘wi-fi’ ou a computadores com banda larga, mas sim criar projetos agregando mídias digitais ao ensino-aprendizagem onde os alunos são os atores de todo o conhecimento adquirido.
Diante do exposto, a escola é o espaço de formação do indivíduo, de embate de criação ou deveria ser. E cabe a ela esta formação, capacitando professores para que consigam modificar este processo de ensino-aprendizagem para enfim, podermos sair da Caverna obscura em que nos encontramos aprendendo o jogo da aprendizagem.