Existe saúde no remoto?

Ensinar para câmeras fechadas pode ter sido o maior desafio enfrentado pelos educadores nas últimas décadas. Este modelo remoto foi adotado em meio ao caos causado pela contaminação do Sars-Cov-2, o Covid-19. O Ministério da Educação, baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), liberou esta forma de aprendizagem para ser implementada de maneira remota em toda rede de ensino no Brasil.

Antes de mais nada, uma avaliação tradicional com os alunos passivos e recebendo todo o ensino pelas mãos do professor como criticada por Freire na sua obra: Pedagogia da Autonomia, não pode ser aplicada no meio digital. Acarretando ainda mais, o desinteresse dos alunos, afetando a autoestima e a saúde mental dos profissionais da educação. Sem mencionar também a grande exposição em frente a tela de um computador ou celular, como uma desidratação causada pela permanência na cadeira.

Além disso, a falta ou oscilação da conectividade dos alunos à rede de computadores mundial (internet) escancarou a desigualdade social que  se apresenta na sociedade brasileira. Podemos confirmar os escritos de Capistrano de Abreu ao afirmar a divisão do Brasil em dois ‘brasis’, um possuidor dos meios de navegação e outro à margem e desprovido de qualquer bem. Onde uma grande parte dos alunos acessam a ‘internet’ por aparelhos de celular, pois não possuem um computador ou notebook em suas residências.

Em suma, todos saíram perdendo neste período que o mundo está vivendo causado pelo novo Corona vírus. As casas foram invadidas por vários grandes irmãos, como lemos na obra de Orwell, causando constrangimentos tanto para educadores como para educandos ocasionando a se educar por câmeras fechadas.

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