Obras de Sigmund Freud: introdução à psicanálise

Sigmund Freud foi um médico e neurologista austríaco, fundador da psicanálise. Sua Teoria do Inconsciente representou uma revolução sem precedentes na história da Psicologia e também da Filosofia, pois apresenta o homem não apenas como um ser racional, como declarava Descartes, mas também possuidor de uma dimensão inconsciente, com linguagem própria, fora do controle da razão.

O homem racional, que poderia levar a humanidade até um futuro de progresso, liberdade e tolerância — como almejava o Iluminismo — seria também dominado por desejos e sentimentos profundos incompatíveis com a civilização.

Esse conflito interno, segundo Freud, seria a causa de vários tipos de sofrimentos. A repressão dos instintos primários, como os sexuais, em nome da convivência, é necessária para a organização social, contudo, esses instintos não desaparecem; permanecem no inconsciente e se manifestam nos sonhos, na fala ou na forma de doenças.

Além disso, as pessoas experimentam, desde a infância, pensamentos, recordações e sentimentos dolorosos e às vezes insuportáveis; esses pensamentos são banidos da mente consciente, porém, também passam a fazer parte do inconsciente.

Ao perceber isso, Sigmund Freud assumiu que as causas das enfermidades — como a histeria e a psicose — não seriam orgânicas, mas psicológicas. Assim, elaborou uma abordagem clínica baseada na escuta do paciente como via de acesso ao conteúdo do inconsciente.

Atos falhos, piadas, tom de voz e sonhos revelam conteúdos que podem indicar as causas de doenças psicossomáticas e comportamentos nocivos. A catarse, que é a descarga emocional de sentimentos represados, teria também uma importante função no tratamento do paciente.

A exploração de si mesmo não é novidade na Filosofia. Platão deu grande ênfase à maiêutica, que é o diálogo que revela ideias ocultas. O termo “catarse”, muito utilizado na psicanálise, foi criado por Aristóteles para referir-se ao choro dos espectadores das peças teatrais, considerada por ele uma “purificação da alma” necessária também para a ordem social. René Descartes e Michel de Montaigne, na Era Moderna, basearam suas filosofias em análises sinceras de seus próprios pensamentos.

Entretanto, devemos a Freud a sistematização de conceitos voltados para o tratamento clínico do sofrimento psíquico por meio da linguagem. Um de seus grandes méritos foi o desenvolvimento de uma teoria acerca da mente e do comportamento humano aliada a um processo terapêutico.

Suas pretensões eram científicas, e ainda que a psicanálise não tenha se firmado como uma ciência de fato, exerceu grande influência na psicologia e em vários pesquisadores, como Carl Gustav Jung e Jacques Lacan, sendo fonte de estudos, pesquisas e debates até hoje.

Fonte: netmundi

Os escritos de Sigmund Freud (1856-1939) foram publicados por diferentes editoras, com diferentes organizações e traduzidas para muitas línguas. A presente organização segue aquela estabelecida na Versão Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud da Imago, com 23 volumes.

As obras de Freud caíram em domínio público em 01 de Janeiro de 2010. Ou seja, a partir deste momento a propriedade intelectual e cessada, podendo ser livremente utilizada.

Abaixo está disponibilizada para download a Obra Completa (23 volumes) e também a obra dividida em volumes.

Obra Completa dividida em volumes, arquivos .rtf (Necessitam Word ou algum outro editor de texto) ou em um único PDF:

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